Famílias começam a erguer barracos próximo à ponte (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
O
problema mudou de endereço. Na sexta-feira, 22, as 172 família da ocupação
Vitória da Ilha, da Barra dos Coqueiros, obedeceram
a decisão judicial e deixaram o terreno às margens da SE 100, onde estavam
acampadas desde o mês de junho do ano passado. Mas, na manhã deste sábado, 23,
elas já amanheceram armando os mesmos barracos em outro local, numa área bem
próxima à cabeceira da ponte construtor João Alves, que liga a Barra dos
Coqueiros à capital, Aracaju.
O coordenador do Movimento Organizado dos
Trabalhadores Urbanos (Motu), Jaidinei dos Santos, informou que as famílias vão
resistir e estão dispostas a permanecer na nova área aguardando que as promessas
de campanha do prefeito Airton Martins (PMDB) sejam efetivadas. Ele está
confiante e informou que a prefeitura já deu os primeiros passos, cadastrando as
famílias, que deverão ser contempladas com um projeto de moradia
popular.
Jaidinei: resistência e confiança |
“As
famílias vão manter a resistência até encontrar um meio de se realizar um
projeto de moradia popular, mas estamos confiantes”, comenta, considerando como
ideal aquela nova área para que as famílias possam aguardar os encaminhamentos
da prefeitura.
A
assessoria de imprensa informou que a prefeitura já iniciou entendimentos com o
governo federal e com a Caixa Econômica Federal para construir 1 mil unidades
que vão contemplar as famílias que não dispõem de moradia e também aquelas que
residem em área de risco. Mas, como a prefeitura enfrenta a burocracia e a
dependência de liberação de recursos federais, não há previsão para efetivação
deste projeto, conforme observou a assessoria.
A assessoria de imprensa
garante que a prefeitura não dispõe de área para ampará-las e tem orientado às
famílias a buscarem abrigo em casas de parentes. Luis Carlos Rodrigo Melo, um
dos ocupantes, revela que já abrigou a mulher e os
Luís Carlos divide família em casa de parentes até armar barraco |
Filhos
na casa da sogra e da própria mãe até erguer o barraco, que já começou a
construir na nova área. No entanto, demonstra disposição para se manter no
acampamento. “E vamos ficar aqui até o prefeito da cidade encontrar a solução,
já que ele prometeu que nos ajudaria”, enfatiza.
Por Cássia Santana
Por Cássia Santana
FONTE www.infonet.com.br