Em dois dias de greve, 59 pessoas foram assassinadas em Salvador e região metropolitana, enquanto 156 carros foram roubados e outros seis furtados
Capturado em resort, Marco Prisco (PSDB) já está com os bens bloqueados pela Justiça
O vereador e líder do movimento grevista da Polícia Militar (PM) da Bahia, Marco Prisco (PSDB), foi preso nesta sexta-feira (18) em um resort, na Linha Verde, pela Polícia Federal a pedido do Ministério Público Federal na Bahia (MPF). A greve começou na terça-feira e acabou na quinta.
Segundo a Secretaria de Segurança, 59 pessoas foram assassinadas em Salvador e região metropolitana durante a paralisação, 156 carros roubados e seis furtados.
Diretor-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra), Prisco já estava com o pedido de prisão preventiva concedido pela Justiça Federal desde o dia 15 de abril.
O pedido foi feito um dia antes, na segunda-feira, em denúncia que inclui sete pessoas entre vereadores, soldados e cabos da PM por diversos crimes, a maioria deles contra a segurança nacional.
Prisco é processado pelo MPF por crime político grave, e qualquer recurso contra sua prisão só poderá ser ajuizado no Supremo Tribunal Federal. A prisão será cumprida no Presídio Federal de Brasília (Complexo da Papuda).
Bloqueio de bens e multa
Na quarta-feira, o Tribunal Regional Federal já havia concedido liminar, a pedido do MPF, determinando a imediata paralisação da greve da Polícia Militar na Bahia, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1,4 milhão.
Os bens de Prisco seguem bloqueados como medida para assegurar a possibilidade de ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos.
