Uma mulher muçulmana transgênero foi morta na Rússia, logo depois de se casar com um homem, e receber uma espécie de ameaça do próprio pai em um canal de televisão: "Tragam-no aqui e matem-no diante dos meus olhos", teria dito Alimshaikh Aliev, segundo reportagem do portal internacional Daily Mail.
Adam Aliev se tornou Raina após uma operação de mudança de sexo em Moscou, e foi morto dias depois de se casar com um jovem identificado como Viktor.
O assassinato ocorreu depois que Alimshaikh Aliev, pai de Raina concedeu uma entrevista a uma emissora de TV, onde falou sobre a filha: "Que ele seja morto, não quero vê-lo. Tragam-no aqui e matem-no diante dos meus olhos”.
Raina havia alertado a polícia sobre a ameaça de assassinato, de acordo com a mídia russa. A imprensa local não divulgou o lugar exato onde ocorreu o crime, mas o corpo da vítima foi "cortado" e ficou irreconhecível.
A vítima era de uma família chechena que vive no Daguestão, no sudoeste da Rússia, uma região muçulmana. Ela fez uma cirurgia de mudança de sexo em Moscou, cerca de um mês atrás.
"O jovem decidiu mudar de sexo porque queria casar com o homem que amava, Viktor de Karachaevo-Cherkessiya (outra região principalmente muçulmana no sul da Rússia)", declarou um veículo de imprensa local.
O casamento "chocou" os moradores, informou o site de notícias russo Dialog.
Uma vizinha disse que o pai da vítima "teve um acidente vascular cerebral" quando descobriu sobre a mudança de sexo e sobre o casamento, por isso emitiu uma espécie de “convite” para que as pessoas matassem Raina.
"Ele os traiu, foi para Moscou, foi operado e passou de menino para menina", disse um vizinho.
A mudança de sexo é proibida no Islã e vista como um protesto contra Allah, o Deus muçulmano. A cirurgia só é aceita quando a pessoa nasce como hermafrodita. De outra forma, a pessoa pode ser condenada, assim como o cirurgião que realizou o procedimento.
Fonte: Com Daily Mail