terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

ORGASMO FEMININO: VEJA OITO DICAS PARA ACHAR O “MAPA DA MINA”


ORGASMO FEMININO: VEJA OITO DICAS PARA ACHAR O “MAPA DA MINA”
Algumas dicas podem facilitar o caminho para o prazer da mulher nas relações a dois - Arte/Site Doutor Jairo

Orgasmo feminino ainda é um assunto que desperta dúvidas nos homens e até mesmo nas próprias mulheres. Por isso, decidimos reunir algumas dicas, ou uma espécie de “mapa da mina” para facilitar o prazer numa relação a dois. Confira: 

1 - O orgasmo feminino nem sempre é muito fácil de ser alcançado logo nas primeiras experiências sexuais. É comum, ainda, que chegar “lá” seja mais difícil no início de um relacionamento, ou seja, nas primeiras relações com um(a) parceiro(a) novo(a).

2 - Para muitas mulheres, chegar ao orgasmo só com a penetração também é complicado. Por isso, é fundamental caprichar nas preliminares, com estímulos no clitóris, seja pela masturbação ou sexo oral. Brinquedos sexuais também podem ajudar bastante.

3 – O estímulo não precisa se resumir às preliminares. Durante a penetração, é possível que o parceiro, ou parceira, ou mesmo a própria mulher continue com o estímulo no clitóris para encurtar o caminho para o orgasmo. Algumas posições sexuais também permitem que essa região seja estimulada com o corpo do parceiro.

4 – Todo mundo fala, há muito tempo, sobre “ponto G” e como encontrá-lo. Mas o que se sabe hoje, com pesquisas, é que não se pode comprovar a existência desse local específico na parede da vagina que dispararia um orgasmo mais profundo nas mulheres. Tudo indica que a origem do prazer seja mesmo o clitóris, uma região que pode ser estimulada de diferentes formas.

5 – Sempre costumo lembrar que clitóris não é campainha! Assim como o pênis, é uma parte do corpo bastante sensível que existe cuidado durante o estímulo.

6 - Vale enfatizar a importância da intimidade e da confiança no momento da relação. Claro que tesão e prazer são fundamentais, mas se sentir confortável com a pessoa que está com você pode fazer muita diferença no sexo. Não basta ser só bom de cama, mas também de papo, ou seja, saber conversar para saber o que o(a) parceiro(a) gosta mais ou não gosta.

7 - Ainda existe um tabu sobre a ejaculação feminina. Algumas mulheres, em algumas situações, relata a saída de líquido sob pressão no momento do orgasmo. Pesquisas indicam que esse líquido seria possivelmente lançado pela uretra, e o conteúdo seria urina misturada com alguns líquidos produzidos por glândulas que ficam ali na região da uretra. Vale lembrar que, perto do orgasmo, a lubrificação na vagina pode aumentar bastante e, com a contração do orgasmo, esse líquido pode sair para fora.

8 - Diferente do homem, a mulher pode ter orgasmos múltiplos – um encadeado no outro. O homem precisa de um período de descanso entre um e outro. Mais importante que a quantidade, é a qualidade. Se você tiver só um orgasmo intenso, está ótimo. E se não aparecer, também não é motivo para encanar – é um processo que vai sendo construindo aos poucos, com diálogo e intimidade. 

Por que tanto mistério?

Estudos sobre a anatomia do prazer feminino, e mesmo sobre a tão misteriosa "ejaculação" que algumas mulheres têm, ainda são escassos na literatura científica. É por isso que, em pleno século 21, ainda há muitas informações contraditórias sobre o tema. 

“A sexualidade feminina, do ponto de vista cultural, ainda é muito ‘intuitiva’. Os estudos sobre sexualidade da mulher, principalmente os que versam sobre o prazer e não sobre a patologia, são recentes, insuficientes e limitados”, explica a psicóloga clínica e terapeuta sexual Ana Canosa.

A especialista diz que os relatos das próprias mulheres e a observação clínica têm sido as maiores fontes de referência. “Podemos colocar toda essa deficiência na dificuldade em legitimar o prazer sexual feminino como uma questão importantíssima, de saúde e satisfação sexual. Sabemos que nem todos estão dispostos a pagar o preço do fortalecimento da autonomia feminina. Nesse sentido, a iniciativa privada, as ONGs e os veículos de comunicação têm sido mais úteis e eficientes que a própria ciência, em termos de expansão de informações e conhecimento”, conclui Canosa.