sábado, 4 de maio de 2013

PROFESSORES DISCUTEM VIOLÊNCIA SEXUAL NA ESCOLA.

Educadores devem ficar atentos a mudanças de comportamento
O objetivo do encontro é debater a violência sexual na escola (Fotos: Portal Infonet)
Uma roda de conversa com professores foi realizada na manhã deste sábado com dezenas de professores na Escola Municipal Juscelino Kubitschek, no bairro Coroa do Meio. O objetivo é sensibilizar os professores para que possam realizar notificações quando ocorrer suspeita de violência sexual contra crianças e adolescentes.

Agressividade, choro, falta de vontade de frequentar a escola, falta de apetite são sintomas apresentados pelas vítimas de violência sexual e que podem ser percebidas em sala de aula. Segundo a pedagoga de Secretaria Municipal de educação (Semed), Rosa Cristina Ettinger os professores devem ficar atentos as mudanças de comportamento dos alunos em sala de aula.

“Muitas escolas ainda se omitem quando há suspeitas de violência sexual, mas segundo o artigo 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é crime omitir um caso como esse. Ao perceber qualquer suspeita a escola deve sim notificar o Conselho Tutelar do bairro que averiguar a denúncia”, explica a pedagoga.
Pedagoga alerta sobre o papel da escola no enfrentamento à violência sexual
A Semed ainda orienta os professores a trabalharem o tema de violência sexual contra criança e adolescente em sala de aula. “ O professor pode trabalhar com notícias sobre o assunto, recortes de jornais, palestrar sobre o tema e outras atividades”, orienta a pedagoga Rosa.

18 de maio

A discussão com os professores faz parte da programação do dia 18 de maio- Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Segundo Lidiane Gonçalves, do Núcleo de Prevenção de Violência e Acidentes, a data não é para ser comemorada.

“ A data é para lembrar do caso da criança Araceli Cabrera Sánchez Crespo, 8 anos, que foi violentada até a morte em 1973, e o caso permaneceu impune. Queremos com este encontro intensificar as discussões em sala de aula para que este dia nunca possa ser esquecido”, afirma Lidiane.

Por Adriana Freitas e Kátia Susanna