1 -Dura pouco
Segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Prosex (Programa de
Estudos em Sexualidade), ligado à USP (Universidade de São Paulo), o
orgasmo é uma fase muito intensa, mas também muito breve, que tem
duração entre cinco e 15 segundos, tanto para o homem como para a
mulher.
2 - Pode dar dor de cabeça
É raro, mas pode acontecer. De acordo com Maria Cristina Romualdo,
terapeuta e educadora sexual do Instituto Kaplan, centro de estudos
sobre a sexualidade humana, a explicação está na resposta vascular ao
orgasmo. "O corpo todo reage à excitação sexual. Por isso, há um maior
fluxo sanguíneo em todo o corpo e, para algumas pessoas, essa mudança
vascular pode desencadear dores de cabeça, uma vez que o coração
acelera, a pressão aumenta e o corpo fica mais tenso."
3 - Camisinha não interfere no prazer
A conhecida repulsa de usar preservativo no sexo porque parece "chupar
bala com papel" não se justifica. Alguns homens chegam a brochar para
colocá-lo, mas o problema não está no método contraceptivo. Segundo a
sexóloga Carla Cecarello, a camisinha não altera a sensibilidade
masculina e todo o tabu em torno dela, de fato, é psicológico. A
especialista diz ainda que alguns preservativos podem até dar mais
prazer, gracas à espessura e à textura que apresentam.
4 - O múltiplo é das mulheres
O período refratário (tempo necessário para as funções biológicas
voltem ao normal após a ejaculação) impede que os homens consigam
orgasmos múltiplos. No sexo tântrico, no entanto, cujo objetivo é chegar
ao ápice sem ejacular --o chamado orgasmo seco-- é possível alcançar
vários em apenas uma transa, mas é preciso muita prática. No caso da
mulher, se ela continuar sendo estimulada após o primeiro orgasmo vai
alcançar outros, basta querer. "Não existe um número máximo, é a mulher
quem vai colocar um limite a partir do seu desejo. No momento que se
sentir desgastada fisicamente (porque acontece) pode ser a hora de
parar", afirma Carla Cecarello.
5 - Satisfação chega com a experiência
De acordo com Maria Cristina, do Instituo Kaplan, sexo é um
comportamento aprendido e, como qualquer outra prática, quanto mais
exercitamos, mais domínio obtemos (e consequentemente melhor desempenho e
mais prazer). Por isso, nada de ficar encanado se o orgasmo não chegar
nas primeiras transas, por exemplo. Dê tempo ao tempo ou a ansiedade
pode se tornar um problema. Para Carla Cecarello, principalmente no caso
feminino, o amadurecimento da vida sexual é fundamental para a
satisfação. "As mais maduras não estão mais preocupadas em se mostrarem
boas de cama e se permitem se explorar e expor mais. A entrega também
chega com a experiência e é sinônimo de orgasmo."
6 - Pode dar sono e fome
O sono acontece em função da satisfação e relaxamento por conta da
descarga motora que vem logo após o clímax. Por isso, ninguém deve se
irritar com um parceiro que dorme logo na sequência do sexo, pois
significa que a transa foi muito boa. Já a fome, segundo Cláudia Bonfim,
pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e autora do
livro "Desnudando a Educação Sexual" (Papirus Editora), está ligada à
energia física despendida. "Nenhuma reação é regra, cada pessoa é única e
pode ter um comportamento diferenciado no pós-sexo", afirma.
7 - Faz rir e chorar
Esses reflexos também são muito particulares. Porém podem estar ligados
à liberação de ocitocina, hormônio que estimula as ligações
sentimentais, melhora o humor e diminui a ansiedade. "É uma resposta do
corpo. Não é chacota ou tristeza. Tem a ver com o estado de satisfação e
felicidade extrema após o orgasmo. Transitar pelos dois tipos de reação
é comum", afirma Evandro Palma, terapeuta tântrico do Centro
Metamorfose, em São Paulo.
8 - Se expressar faz parte
Gritar ou gemer (ou qualquer outra reação) é a expressão do orgasmo e
deveria ser encarada de forma natural. "Orgasmo precisa de som. É muito
comum as mulheres terem vergonha da expressão do orgasmo e por isso se
conterem. Não se permitir pode limitar a intensidade do prazer", afirma o
terapeuta Evandro Palma.
9 - Não tem tempo ruim
Segundo Cláudia Bonfim, pesquisadora da Unicamp, não existe ocasião que
favoreça o orgasmo, mesmo no caso das mulheres, que têm oscilação
hormonal durante o mês. "A intensidade do prazer depende da entrega
plena na relação sexual. Claro que, no período fértil, as mulheres estão
fisicamente mais propensas ao sexo, mas só o instinto biológico não
conduz à potencialidade orgástica maior ou menor."
Fonte: Thais Carvalho Diniz
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo