O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, considera a possibilidade de não participar de debates com o opositor Fernando Haddad, do PT. Ele não participaria de debates e de agendas públicas de campanha até dia 18 por recomendações médicas. Segundo os médicos, ele ainda tem anemia em razão do atentado sofrido no dia 6 de setembro.
Além disso, Bolsonaro ironiza a possibilidade de participar de debates com Haddad. “Não adianta debater com alguém que não é quem vai indicar os ministros. Não adianta debater com um ventríloquo do Lula”, afirmou. “Qual é a autenticidade do Haddad?”, questionou.
Estavam programados um debate nesta quinta-feira, 11, na TV Bandeirantes, domingo, na TV Gazeta, em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, e na segunda-feira, no SBT. Todos foram cancelados pelos organizadores. Outros debates ainda estão marcados.
Governo de SP
O candidato pelo PSL disse ainda ter recomendado neutralidade aos companheiros de partido na eleição para governador de São Paulo. Ele disse ter conversado ontem por telefone com o candidato do PSDB, João Doria.
“Não vou meter minha colher em problemas partidários”, afirmou Bolsonaro. “Recomendei, não sou capitão nessa hora, neutralidade. Se a Joice quiser apoiar um ou outro. Não queremos adesões para o outro lado. Afinal de contas, não é esse o DNA”, complementou.
Bolsonaro reclamou dos ataques que recebeu do adversário tucano no primeiro turno, Geraldo Alckmin, e de um suposto apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) ao candidato do PT, Fernando Haddad. “Mais uma vez Fernando Henrique Cardoso disse que, em havendo segundo turno, votaria no PT”, disse. COLABOROU MATEUS FAGUNDES
Estadão Conteúdo