segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Afinal, queijo amarelo faz bem ou mal à saúde?

Pesquisa demonstrou que pode até melhorar os níveis de colesterol bom. Há controvérsias

Difícil alguém não gostar de queijo. É uma alimento que faz parte da praticamente todas as diferentes dietas que existem pelo mundo. Ate por que dentro do universo queijo, há muitas opções. Queijos fortes, mais leves, com mais ou menos gordura, os “fedorentos”, os mais industrializados… tem pra todos os gostos.

Aqui no Brasil sai na frente o queijo minas frescal e o meia cura, além do queijo coalho, que é preferido ser consumido bem tostadinho. Tem os franceses que são mais fortes e tem cheiro bem forte. Os italianos deliciosos e menos pesados, como a muçarela e a ricota. Até no Japão tem queijo, de tofu, mas tem! Nos Estados Unidos o cream cheese resolve o problema dos americanos, junto com cheddar.

Motivo de muita polêmica, o queijo amarelo sempre foi rejeitado pelos adeptos a uma alimentação mais saudável e, por outro lado, não pode faltar na mesa de quem não se priva de comer o que quer. Seu alto teor de gordura e de calorias provoca discussões entre nutricionistas e gourmets. Porém, o alimento pode ajudar nos níveis do HDL, o colesterol considerado bom para o nosso organismo.

Pesquisa realizada pela Universidade de Copenhague e publicada recentemente no “Journal of Clinical Nutrition”, investigou 139 pessoas que se dividiram em três grupos: o primeiro retirou o queijo completamente da dieta; o segundo consumiu apenas queijos com baixo nível de gordura; e o último passou a ingerir apenas queijos gordurosos – normalmente de cor mais amarelada. Depois de um mês foram feitos exames de sangue e nenhum dos grupos teve alterações em seus níveis de LDL (colesterol ruim) – considerado prejudicial para a saúde do coração. Na verdade, aqueles que incluíram os queijos amarelados na dieta tiveram um aumento no nível do colesterol bom, o HDL.

O cardiologista e diretor da Sociedade Mineira de Cardiologia Evandro Guimarães afirma, no entanto, que os detalhes do estudo devem ser analisados com cautela, como o número da amostragem, o uso de medicamentos durante a pesquisa e a dieta adotada nas 12 semanas.

“Os queijos mais gordurosos têm alto teor de gordura saturada, que faz com que o colesterol, tanto o bom quanto o ruim, aumente. Você tem uma taxa de gordura saturada que deve ser consumida para que o colesterol não se altere. Nessa pesquisa, provavelmente, as pessoas que consumiram os queijos gordurosos diminuíram a ingestão de outros alimentos com gordura saturada, por isso o resultado”, defende. Com informações do jornal O Pontal.

Como o queijo é feito?

O Queijo é feito a partir do leite de vários mamíferos diferentes, tais como vaca, ovelha, cabras, búfalas. Ele é produzido através da pasteurização e coagulação do leite, que acontece quando ele é depositado em tanques com temperaturas de 65ºC e depois resfriado até 34ºC. Após essa etapa, são adicionados os ingredientes e o sal.

Os diversos tipos e paladares dos queijos são definidos pelo uso do leite de diferentes mamíferos ou pela quantidade de gordura do mesmo, ou ainda, pelo acréscimo de determinadas bactérias e bolores, ou pela variação do tempo de envelhecimento e outros tratamentos de transformação. Há ainda adição de agentes aromatizantes tais como ervas, especiarias, ou defumação. A cor do queijo, amarelo e vermelho são resultado da adição de colorau.

O queijo é um alimento bem completo, de fácil transporte, longa durabilidade (dura bem mais do que o leite do qual é feito) e alto teor de gordura, proteína, cálcio e fósforo. É um excelente substituto de carnes para os lacto-vegetarianos.

Como escolher o queijo?

É interessante quando for escolher o queijo que vai consumir, pensar o que você pretende com aquele alimento. Se a ideia é degustar com amigos acompanhado de um vinho, considere apenas o sabor e a harmonização com a bebida que vai acompanhar, normalmente vinho.

Se sua ideia é comer queijos mais magros, procure escolher os que tem menos calorias e menos teor de gordura, principalmente as gorduras saturadas.

Se a intenção é substituir carnes, procure por opções que sejam mais ricas em proteína.