Essa TPM mais emotiva e turbinada abala pra valer a saúde da mente e tem até um tratamento diferente
Por Theo Ruprecht
Muitas vezes, os antidepressivos ajudam a controlar o quadro (Ilustração: Ana Matsusaki/SAÚDE é Vital)
Até a sigla confunde: TDPM. Mas o “D” aí no meio faz toda a diferença. O adjetivo “disfórico” foi inserido por remeter ao mal-estar ou à depressão — é o oposto do estado de euforia. “A paciente fica de tal modo alterada que precisa se afastar do trabalho por dias”, relata a psiquiatra Carmita Abdo, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Para piorar, um levantamento alemão informa que até 8% das mulheres têm o quadro. Na entrevista abaixo, Carmita ajuda a entendê-lo melhor.
SAÚDE: o que diferencia a TPM do TDPM?
Carmita Abdo: a tensão pré-menstrual como conhecemos traz dor de cabeça, inchaço, cansaço. Ela é mais física e seus sintomas são menos graves do que os do transtorno disfórico pré-menstrual. Já o TDPM foi definido como um tipo de depressão cíclica, que surge quase todos os meses no período que antecede a menstruação. Ele se confunde com a TPM por incidir na mesma época e por também decorrer de uma baixa de estrogênio, o hormônio feminino. No entanto, o quadro é mais emocional, cursando com irritabilidade, tristeza, isolamento e muita indisposição. A paciente fica de tal modo alterada que comumente precisa se afastar do trabalho por dias. De 3 a 8% das mulheres sofrem com TDPM. E, claro, algumas delas podem apresentar TPM em paralelo.
Fonte: saúde é vit