A Ilha Santa Luzia, (Barra dos Coqueiros - Sergipe), no litoral da região Metropolitana de Sergipe, um dos mais importantes berçários de vida marinha do Atlântico região, e de quebra, cercado pelo maior trecho contínuo de mangue e Mata Atlântica. Por sua importância uma grande área da ilha tornou-se uma unidade de conservação e preservação ambiental, no caso, Área de Proteção Ambiental.
A ilha de Santa Luzia, com uma área territorial enorme, cercada pelo oceano e o Rio Sergipe. Por este importante aspecto tornou-se também um cidade com uma grande intensidade ambiental.
O município de Barra dos Coqueiros foi emancipado em 25 de novembro 1953, e esse ano completou 70 anos.
A ilha de Santa Luzia é conhecida como Barra dos coqueiros, distante cerca de 1 km da capital Sergipana. Tem 92.268 km², com uma população estimada pelo IBGE em mais 41.512 habitantes residntes em 2023, densidade demográfica de 449,90 hab/KM². No passado, o território era parte de Aracaju. A partir de 1953 o município ganhou sua emancipação.
O transporte entre a ilha e a capital era feito através de balsas e tototos. Em 2006 com a inauguração da ponte construtor João Alves, Aracaju a Barra dos Coqueiros. Começou aí os problemas de especulação tão comuns no litoral do Brasil.
Como se pode ver pelo mapa, Barra dos Coqueiros (Ilha de Santa Luzia) tem mais de 20 Km de praias, e praias hoje são o paraíso dos especuladores. As leis ambientais, já bastante desrespeitadas em terra firme, são quase ignoradas no litoral onde existe pouca fiscalização e muita maracutaia.
Apesar de existir um plano Diretor no município, a especulação e as derrubadas dos Coqueiros Nativos da ilha, continua em aceleração, muitas lagoas já se foram, e a verticalização em Barra dos Coqueiros, cresce assustadoramente.
A Barra dos Coqueiros (Ilha de Santa Luzia), corre perigo com a famigerada especulação imobiliária.
Sobre a especulação na Ilha de Santa Luzia anotamos: Ilha de Santa Luzia, está ficando totalmente descaracterizada pela especulação imobiliária desde os anos 90. Centenas de casas de veraneio construídas em áreas proibidas como dunas, mata de restinga e mesmo na praia…
Mas o que acontece, que em 2013, aconteceu uma coisa bem pior: foi alterada a lei Orgânica e o plano diretor sob medida para um empresário, prevendo a construção de prédios com até 30 metros de altura e sete andares em Barra dos Coqueiros (Ilha de Santa Luzia).
Um município que ainda precisa dw postos de saúde, escolas, agentes de trânsito, agentes administrativos, funcionários na área de saneamento, assistentes sociais, enfermeiros, médicos, professores, etc. A lista de gastos é enorme. E a das receitas, mínima; a conta não fecha. O município será sempre deficitário.
Casas foram construídas irregularmente em cima da areia da praia, e receberam o troco. Foram destruídas pela erosão natural. Algumas áreas de dunas também foram ocupadas.
E a mobilidade urbana, o recolhimento de lixo, o saneamento básico? Estes serviços não crescem na mesma proporção das enormes torres, muito menos o que ainda resta de vegetação e vida animal, quase sempre sacrificados quando a especulação imobiliária é, se não estimulada, ao menos permitida pelos prefeitos que deveriam zelar pela qualidade de vida de seus cidadãos.
Infelizmente, parece ser este o caso da Ilha de Santa Luzia dos vereadores. Se o município tem problemas financeiros não será com a entrega da região aos especuladores que a situação vai se resolver. Ao contrário, criará mais um problema que tende a agravar a situação pondo em risco seu derradeiro atrativo: o meio ambiente ainda saudável apesar dos problemas citados.
