Segundo os acadêmicos, o ‘rejuvenescimento’ cerebral pode estar relacionado à proteção materna
Uma equipe de cientistas da Universidade de Oslo, na Noruega, apurou que o cérebro das mulheres que têm filhos é, em média, seis meses mais ‘jovem’ em termos biológicos, comparativamente ao daquelas que não são mães. A conclusão do estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy é baseada em informações de mais de 12 mil mulheres de meia-idade do Reino Unido.
De acordo com os pesquisadores, esse efeito não pode ser totalmente explicado por variações genéticas ou fatores como nível de escolaridade. "Os resultados sugerem que muitas alterações fisiológicas que ocorrem durante a gravidez, principalmente no cérebro, podem persistir além do parto e influenciar o envelhecimento neurobiológico", escrevem os autores no artigo.
Outras pesquisas já demonstraram que, durante a gestação e o pós-parto, o corpo da mulher passa por alterações biológicas fundamentais para que esta possa se adaptar à função de ser mãe e, assim, proteger o filho. Segundo os acadêmicos, o ‘rejuvenescimento’ cerebral pode estar relacionado a isso.
Mudanças fisiológicas já foram observadas tanto em humanas quanto em fêmeas de outras espécies, como roedores. Os cientistas ponderam, no entanto, que mais pesquisas são necessárias para entender até quando esse efeito se estende na vida das mães e quais mecanismos estão envolvidos.