O novo prefeito assina o termo de posse |
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O clima de instabilidade política e administrativa no município de São Cristóvão tem gerado preocupação para os mais de 85 mil habitantes. Hoje, a tradicional festa de Corpus Christi comemorada por milhares de fiéis nas ruas e ladeiras do município dá espaço para um desfile de denúncias de corrupção que, pela primeira vez depois de mais de 100 anos, consegue dividir a atenção dos populares entre a renúncia da prefeita Rivanda Batalha e os tapetes artesanais criados por religiosos ligados à Igreja Católica. Em meio a esse cenário político e religioso que configura a manhã deste feriado santo, encontra-se um povo que, na fé, torce e acredita por dias melhores.
Hoje, além das suspeitas de desvio de verba pública, a quarta cidade mais antiga do Brasil está 'atolada' em problemas que interferem diretamente no progresso da cidade. Apontado como um povo guerreiro e que luta pelo desenvolvimento coletivo, os brasileiros, ao menos os residentes em São Cristóvão, demonstram fraqueza no otimismo diante de uma enxurrada de irregularidades. Paralelo a essa redução brusca no espírito progressista, a revolta junto aos gestores municipais está transparente no semblante de cada eleitor. Uma demonstração dessa falta de esperança por dias melhores pôde ser presenciada na manhã de ontem quando o então vice-prefeito de Rivanda, Jorge Eduardo Santos (PSB), assumia oficialmente o mandato como 'novo' prefeito.
De 'novo', na opinião dos são cristovenses, ele não tem nada. No momento em que o socialista chegava à sede da Câmara Municipal de São Cristóvão, um grupo de manifestantes iniciou uma sonora vaia que resultou ainda em uma chuva de ovos estragados. Após confirmação da renúncia de sua ex-companheira de partido, Jorge garantiu que pretende adotar mudanças emergenciais para que a cidade histórica possa voltar a crescer. Ele preferiu, por bem e respeito a Rivanda Batalha, não falar sobre as falcatruas envolvendo dinheiro público que seriam destinados para a merenda escolar, mas destacou que precisa do apoio da população que ontem preferiu a crítica, ao invés dos aplausos. Ele entende o ato como uma demonstração da democracia brasileira.
"Estamos passando por um momento difícil em nossa cidade, onde a desconfiança do nosso povo está acima do normal. Trata-se de uma circunstância natural quando estamos diante de uma nação verdadeiramente democrática. Alguns problemas foram resolvidos nos últimos dois anos e meio, e outros estão aí para serem solucionados. Nós vamos resolvê-los e reconquistar a credibilidade do nosso povo", destacou. Diante do motim gerado nas intermediações da casa legislativa, o recém empossado chefe do executivo municipal precisou de escolta da Polícia Militar (PM/SE) para ter acesso a sessão plenária.
Sobre uma possível interferência administrativa por parte do ex-prefeito da cidade, e marido de Rivanda, Armando Batalha, Jorge disse não ter receio por ter neste momento a autonomia máxima da prefeitura. "Se tivesse medo dos desafios não teria lançado meu nome como vice na chapa vencedora, ou teria renunciado o cargo de prefeito antes de vir aqui tomar posse. Hoje eu sou o prefeito e ninguém que esteja com intenções em prejudicar o nosso fim de mandato irá conseguir. Contamos com o apoio de todos, mas se for pra atrapalhar é melhor pedir pra sair", pontuou Jorge Eduardo. Na noite da última segunda-feira, 01, minutos após uma carta oficial enaltecendo a renuncia de Rivanda ter vazado nas redes sociais, o atual prefeito já destacava o não interesse em disputar a reeleição para o cargo. Para ele, os quatro anos deste mandato já foram longos demais.
Desconfiança - Apesar das garantias de trabalho redobrado em prol do desenvolvimento de São Cristóvão, o grupo de oposição, que de camarote assiste toda essa turbulência administrativa, diz não acreditar em mudança representativa quando faltam apenas 13 meses para o reinício de novo período eleitoral. Na opinião do vereador Paulo Júnior, líder de oposição, a aprovação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve apontar em curto prazo resultados positivos ou negativos desta gestão. Em meio a esse trabalho, o prefeito estará como alvo das investigações e por isso impasses podem ser gerados já nos próximos meses. 13 vereadores assinaram a favor da CPI.
"Espero que esteja enganado, mas infelizmente se a ex-prefeita junto com o atual prefeito não fizeram muita coisa de positivo para a nossa cidade, será mesmo que ele vai conseguir em menos de um ano e meio para deixar o cargo? Essa CPI vai ajudar a São Cristóvão enfrentar esse momento de crise, mas acredito que vamos encontrar soluções para os nossos muitos problemas que só devem começar a ser resolvidos a partir de 2017, quem sabe", afirmou. Após o fim da sessão extraordinária que ocorreu por volta das 13h, centenas de trabalhadores seguiram em marcha pelas principais ruas e avenidas do centro histórico.
Para garantir a integridade física do novo prefeito e a não depredação do patrimônio público, a Polícia Militar permanece com efetivo dobrado. Quanto ao cortejo de Corpus Christi e seus tapetes seculares, estes continuam enchendo os fiéis de esperança e harmonia. O evento será realizado logo mais a partir das 15 horas, com a Missa Solene, em seguida procissão acompanhada pela banda do Corpo de Bombeiros.
Hoje, além das suspeitas de desvio de verba pública, a quarta cidade mais antiga do Brasil está 'atolada' em problemas que interferem diretamente no progresso da cidade. Apontado como um povo guerreiro e que luta pelo desenvolvimento coletivo, os brasileiros, ao menos os residentes em São Cristóvão, demonstram fraqueza no otimismo diante de uma enxurrada de irregularidades. Paralelo a essa redução brusca no espírito progressista, a revolta junto aos gestores municipais está transparente no semblante de cada eleitor. Uma demonstração dessa falta de esperança por dias melhores pôde ser presenciada na manhã de ontem quando o então vice-prefeito de Rivanda, Jorge Eduardo Santos (PSB), assumia oficialmente o mandato como 'novo' prefeito.
De 'novo', na opinião dos são cristovenses, ele não tem nada. No momento em que o socialista chegava à sede da Câmara Municipal de São Cristóvão, um grupo de manifestantes iniciou uma sonora vaia que resultou ainda em uma chuva de ovos estragados. Após confirmação da renúncia de sua ex-companheira de partido, Jorge garantiu que pretende adotar mudanças emergenciais para que a cidade histórica possa voltar a crescer. Ele preferiu, por bem e respeito a Rivanda Batalha, não falar sobre as falcatruas envolvendo dinheiro público que seriam destinados para a merenda escolar, mas destacou que precisa do apoio da população que ontem preferiu a crítica, ao invés dos aplausos. Ele entende o ato como uma demonstração da democracia brasileira.
"Estamos passando por um momento difícil em nossa cidade, onde a desconfiança do nosso povo está acima do normal. Trata-se de uma circunstância natural quando estamos diante de uma nação verdadeiramente democrática. Alguns problemas foram resolvidos nos últimos dois anos e meio, e outros estão aí para serem solucionados. Nós vamos resolvê-los e reconquistar a credibilidade do nosso povo", destacou. Diante do motim gerado nas intermediações da casa legislativa, o recém empossado chefe do executivo municipal precisou de escolta da Polícia Militar (PM/SE) para ter acesso a sessão plenária.
Sobre uma possível interferência administrativa por parte do ex-prefeito da cidade, e marido de Rivanda, Armando Batalha, Jorge disse não ter receio por ter neste momento a autonomia máxima da prefeitura. "Se tivesse medo dos desafios não teria lançado meu nome como vice na chapa vencedora, ou teria renunciado o cargo de prefeito antes de vir aqui tomar posse. Hoje eu sou o prefeito e ninguém que esteja com intenções em prejudicar o nosso fim de mandato irá conseguir. Contamos com o apoio de todos, mas se for pra atrapalhar é melhor pedir pra sair", pontuou Jorge Eduardo. Na noite da última segunda-feira, 01, minutos após uma carta oficial enaltecendo a renuncia de Rivanda ter vazado nas redes sociais, o atual prefeito já destacava o não interesse em disputar a reeleição para o cargo. Para ele, os quatro anos deste mandato já foram longos demais.
Desconfiança - Apesar das garantias de trabalho redobrado em prol do desenvolvimento de São Cristóvão, o grupo de oposição, que de camarote assiste toda essa turbulência administrativa, diz não acreditar em mudança representativa quando faltam apenas 13 meses para o reinício de novo período eleitoral. Na opinião do vereador Paulo Júnior, líder de oposição, a aprovação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve apontar em curto prazo resultados positivos ou negativos desta gestão. Em meio a esse trabalho, o prefeito estará como alvo das investigações e por isso impasses podem ser gerados já nos próximos meses. 13 vereadores assinaram a favor da CPI.
"Espero que esteja enganado, mas infelizmente se a ex-prefeita junto com o atual prefeito não fizeram muita coisa de positivo para a nossa cidade, será mesmo que ele vai conseguir em menos de um ano e meio para deixar o cargo? Essa CPI vai ajudar a São Cristóvão enfrentar esse momento de crise, mas acredito que vamos encontrar soluções para os nossos muitos problemas que só devem começar a ser resolvidos a partir de 2017, quem sabe", afirmou. Após o fim da sessão extraordinária que ocorreu por volta das 13h, centenas de trabalhadores seguiram em marcha pelas principais ruas e avenidas do centro histórico.
Para garantir a integridade física do novo prefeito e a não depredação do patrimônio público, a Polícia Militar permanece com efetivo dobrado. Quanto ao cortejo de Corpus Christi e seus tapetes seculares, estes continuam enchendo os fiéis de esperança e harmonia. O evento será realizado logo mais a partir das 15 horas, com a Missa Solene, em seguida procissão acompanhada pela banda do Corpo de Bombeiros.
fonte: http://www.jornaldodiase.com.br/noticias_ler.php?id=16609