Bom senso e uma boa conversa com o filho podem evitar constrangimentos para ambas as partes.
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Siga as dicas e não derrape nas redes sociais
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Lindas, carinhosas e fortes são alguns dos elogios que muitas mulheres recebem dos filhos. Para reforçar esta lista, outros adjetivos como conectada e moderna passaram também a compor o perfil de quem não abre mão de seguir as tendências da tecnologia. Segundo pesquisa feita ano passado por um instituto americano, 72% das mães entrevistadas possuem perfil no Facebook e chegam a passar cerca de duas horas e meia por dia na internet.
Se por um lado esse cenário é bastante positivo, por outro pode significar um problema, principalmente para os filhos. “Meu filho se sente incomodado quando publico alguma foto dele. Chega até a me dar bronca”, revela a blogueira Anelise Capso.
De acordo com especialistas, é preciso ter a consciência de que o comportamento que se tem no ambiente online pode comprometer a vida real. Por isso, o iG foi em busca de preciosas dicas para que você possa se divertir nas redes sociais sem entrar em conflitos com seu filho. Tome nota!
1 - Evite ser monotemática Todo mundo concorda que ter um filho é a maior experiência que uma mulher pode passar. O momento da gestação, o nascimento e o crescimento dos pequenos são períodos de grande alegria, uma felicidade que precisa ser compartilhada. É aí que mora o perigo. Algumas mães, na empolgação de paparicar os filhos, acabam se tornando monotemáticas nas redes sociais.
Muitas mulheres, inclusive, não conseguem falar em seus perfis sobre outros temas que não estejam ligados à maternidade. “Sempre que a pessoa é monotemática nas redes sociais, ela corre o risco de ficar chata. Se você falar só sobre seu filho, é possível que seus amigos se cansem um pouco disso”, comenta Helena Duncan, publicitária e especialista em etiqueta na Web.
2 – Converse com seu filho Agora imagine a seguinte situação:
seu filho está na sala de aula, concentrado na matéria, e de repente percebe que os amigos do colégio passam a rir dele sem qualquer motivo aparente. O celular começa a dar sinal. Ao acessar seu perfil no Facebook, o jovem percebe que foi marcado em uma foto dele mesmo, aos seis meses de vida, completamente pelado. Ah, a imagem também vem acompanhada da legenda: “Olha o filhote na banheira. Lindo!”.
Para evitar esse tipo de situação, é ideal conversar com seu filho sobre as redes sociais que ele faz parte. Essa é uma boa maneira de estabelecer limites a respeito do que pode ou não ser publicado nesses ambientes virtuais. Ao mesmo tempo, o diálogo estimula discussões sobre o uso da internet, seus grandes benefícios e riscos. “Se bem conduzida, a participação das mães e filhos na internet pode ser bastante positiva”, diz Ligia Marques, autora do livro Etiqueta 3.0.
3 – Conheça a ferramenta
Saber como as mídias sociais funcionam é importante para evitar atritos. Helena Duncan usa como exemplo algumas mães que comentam fotos em que o filho foi marcado (ou ‘tagueado’) sem saber que isso ficará exposto para todos os seus amigos. “Não existe um manual. Alguns adolescentes se incomodam quando a mãe interage com seus colegas de escola, outros nem tanto. Mas, em todo caso, conhecer a ferramenta é fundamental para evitar uma exposição indesejada”, recomenda a especialista.
Para isso, uma dica é procurar na internet os tutoriais que explicam como usar as ferramentas de redes sociais. Esses documentos são gratuitos e bastante resumidos. Dá para entender bem como funciona o Facebook, Twitter, Instagram, entre outras.
4 – Evite excesso de “mimos”
Para a maioria das mães não existe ninguém mais lindo, inteligente, perfeito, simpático, fofo, educado, carinhoso... do que o seu próprio filho. Porém, expor esse pensamento nas redes sociais pode ser desastroso e causar irritação nos filhos, principalmente quando adolescentes. Histórias embaraçosas também devem ser evitadas.
É claro que pode elogiar o filho nas redes sociais. Mas tente não errar na dose de açúcar.
5 – Cuidado com as fotos
As fotos são as principais causadoras de problemas nas redes sociais. A exemplo do caso citado acima, do garoto que vê uma imagem sua de neném publicada no Facebook, registros de situações constrangedoras podem fazer a alegria dos amigos do seu filho.
Por isso, é sempre bom consultá-lo antes de publicar fotos em que ele apareça. E, o mais importante: Lembre-se que as redes sociais do seu filho são como o quarto dele. Você tem o direito de entrar, mas é bom bater na porta antes para respeitar sua privacidade.
FONTE: Rodrigo Boro , especial para o iG São Paulo