sábado, 31 de agosto de 2013

PARA O CÉREBRO, "CURTIDA" NO FACEBOOK É TÃO BOA QUANTO COMIDA E SEXO


Região do cérebro processa um "curtir" do Facebook da mesma forma que reage ao ouvir um elogio
Região do cérebro processa um "curtir" do Facebook
da mesma forma que reage ao ouvir um elogio

O uso assíduo do Facebook está ligado à área do cérebro responsável por identificar recompensas como comida e sexo, fazendo com que o órgão processe o uso da rede social da mesma forma que faz com essas ações prazerosas para o corpo.
A conclusão é de uma pesquisa da Universidade Freie, na Alemanha, publicada nesta semana no periódico Frontiers in Human Neuroscience.
"Nosso estudo indica que o processamento de dados relacionados à reputação tem relação com a intensidade de uso do Facebook", explica o pesquisador Dar Meshi, autor do estudo.
"A descoberta expande o conhecimento existente sobre como o funcionamento do núcleo accumbens está relacionado ao complexo comportamento humano."
Para chegar à afirmação, o grupo comparou a atividade cerebral de 31 participantes ao número de horas que eles diziam passar no Facebook, sempre focando as reações do núcleo accumbens, a área localizada no centro do cérebro e ligada ao prazer gerado por recompensas.
Antes de suas atividades cerebrais serem medidas, os indivíduos responderam a um questionário detalhando quanto tempo, em média, gastavam na rede social.
Com essas informações, a pesquisa submeteu os voluntários ao experimento: eles eram filmados enquanto ouviam o que outras pessoas pensavam a respeito deles e viam o que essas outras pessoas falavam a respeito de outros participantes. Durante todo o processo, suas atividades cerebrais foram monitoradas.
O experimento apontou que participantes que recebiam resposta positiva sobre eles durante a filmagem tinham atividade cerebral mais intensa do que ao ouvir algo sobre outra pessoa. A seguir, os pesquisadores compararam a intensidade da atividade cerebral registrada ao ouvir o retorno positivo em cada participante com o tempo de uso da rede social informada.
Essa relação sugere, portanto, que o cérebro processa um "curtir" do Facebook da mesma forma que reage ao ouvir um elogio. Isso indica, consequentemente, que o uso da rede social é elevada pelo cérebro ao mesmo grau de prazer que sentimos ao comer um bom prato ou fazer sexo com a pessoa amada, por exemplo.
FONTE: www.uol.com.br