Com as proibições de diversas atividades e com as restrições temporária das feiras livres e o fechamento do comércio, a comunidade pesqueira de Sergipe, está diretamente afetada, já que tem na venda de peixes a principal renda, destaca o presidente do SINDIPESCA - Sindicato do Setor pesqueiro do estado de Sergipe, Givaldo Silva, e que cobra medidas emergenciais para os pescadores e pescadoras.
Centenas de comunidades de pescadores estão sofrendo os efeitos da pandemia em Sergipe, com dificuldades para manter a subsistência e, portanto, cuidados pessoais necessários para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, segundo o Presidente do SINDIPESCA. Com a proibição temporária das feiras livres e o fechamento do comércio e das restrições da pesca no litoral sergipano, a comunidade pesqueira é diretamente afetada, já que tem na venda de peixes a principal renda.
Em muitas comunidades tradicionais: do litoral sergipano e nas comunidades do Rio São Fracisco, são milhares de famílias afetadas, enfatiza o SINDIPESCA. No estado de Sergipe a diretoria do SINDIPESCA, Já está expedindo ofício com pedido de providências para que a situação das famílias não seja agravada.
Impacto na saúde coletiva
E os impactos se acumulam, já que as comunidades ainda sofrem as consequências do crime ambiental de derramamento de óleo no litoral nordestino, ocorrido em 2019.
"Se a soberania alimentar das comunidades tradicionais pesqueiras do litoral já estava afetada em 2019 com a poluição ambiental, o cenário da pandemia avançou as dificuldades para todos que fazem parte do Setor pesqueiro em Sergipe", apontou a Vice-presidente do SINDIPESCA, Rose
O SINDIPESCA, as Colônias de pescadores e a associações ligadas a pesca, alertam para a falta de alternativas da comunidade pesqueira.
“As comunidades pesqueiras estão tentando produzir apesar das restrições, mas desde que as autoridades determinaram o isolamento social devido ao novo coronavírus, os pescadores não estão conseguindo vender sua produção, porque os restaurantes, hotéis, comércio local e as feiras livres estão fechadas ou com restrições. A falta de renda também os impede de comprar produtos de higiene e limpeza necessários para se prevenir da pandemia”, comenta a secretaria do SINDIPESCA e presidente da Colônia de Pescadores Z-1, Vilma
Segundo Givaldo Silva, presidente do SINDIPESCA, se faz também necessário promover urgentemente um debate sobre o impacto na saúde coletiva dos pescadores e pescadoras. Agora com a pandemia, a situação dessas comunidades se agravou, porque nem mais do turismo elas estão podendo tirar o sustento. Precisamos pensar medidas emergenciais e a execução de planos de monitoramento desta população”, sustenta o presidente do SINDIPESCA.
O SINDIPESCA, vai entrar em contato com a Secretaria da Saúde de Sergipe e dos municípios e as Secretarias de Assistência Social dos municípios afetados, para obter informações sobre medidas de assistência implementadas diretamente nas comunidades pesqueiras.
Mais de 30 municípios passam por dificuldades
"No ano passado, já não tivemos assistência imediata com relação ao derramamento do óleo. Hoje, com esse cenário mais grave, nada mais justo que chamar a atenção para a nossa situação. Alguns municípios têm ações pontuais com a distribuição de cesta básica, mas nada muito concreto. Hoje essas comunidades estão sendo mais ajudadas por ações solidárias de organizações não governamentais que atuam em alguns municípios”, revela a Tesoureira do SINDIPESCA, Dona Zilda.
A Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) "tem trabalhado para minimizar os efeitos da pandemia", e o segmento do pescado foi incluído como atividade essencial na Portaria nº 116, de 26 de março, que define os serviços, as atividades e os produtos considerados essenciais pelo Mapa.
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*O Presidente do SINDIPESCA, Givaldo Silva quer que a solicitação chegue aos profissionais da pesca com urgência.*