Mamografia, papanicolau e exames de sangue: veja os cuidados com a saúde em cada época da vida feminina
É
comprovado que as mulheres vivem mais do que os homens, porque se
preocupam mais em cuidar da própria saúde. Aqui no Brasil, segundo o
IBGE, elas vivem em média sete anos a mais do que eles.
Essa vantagem, é claro, depende de uma boa manutenção do
organismo, com alimentação equilibrada, exercícios físicos e visitas
periódicas ao médico para a realização de um check-up completo. O
objetivo é prevenir doenças antes que elas apareçam, manter o corpo
saudável e garantir uma boa qualidade de vida ao longo dos anos.
De acordo com o médico Joel Garcez, ginecologista do Hospital
Santa Cruz, em Curitiba, os primeiros exames devem ser feitos a partir
do início da vida sexual. “É importante começar desde cedo a vigilância
sobre doenças como a infecção pelo vírus HPV, que está relacionado à
incidência do câncer de colo de útero, e sobre o câncer de mama. Quanto
mais cedo eles foram detectados, maior a chance de cura. Com o passar da
idade, vão sendo feitos outros exames conforme a necessidade”, orienta.
Mas os exames femininos não se resumem apenas aos ginecológicos. “O
check-up vai além deles. O ideal é consultar também um clínico geral ou
um cardiologista para exames complementares como hemograma, glicemia,
colesterol, triglicérides, ácido úrico e urina”, sublinha Edilson da
Costa Ogeda, ginecologista do Hospital Samaritano, de São Paulo. Como
cada pessoa tem um organismo diferente, é fundamental que o médico faça
uma avaliação completa antes de pedir os exames.
“É necessário investigar com atenção alguns antecedentes pessoais e
familiares, estilo de vida, hábitos alimentares, trabalho, tabagismo e
obesidade. Portanto, o check-up deve ser uma ferramenta individualizada
de prevenção de doenças”, ressalta o clínico geral Marcelo London, chefe
do Setor de Emergência do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro.
Segundo ele, além do câncer ginecológico, o check-up regular serve
também como prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes, que
apresentam alta prevalência na população.
Casos especiais
Para quem não tem essas doenças na família, o check-up deve ser feito
a cada seis meses ou a cada ano, dependendo da idade e dos resultados
dos exames. Já quem tem histórico familiar de doenças como câncer,
osteoporose e problemas cardiovasculares precisa fazer o check-up com
mais freqüência, de acordo com a determinação do médico.
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Exames para a terceira idade
“Em mulheres sem histórico de câncer de mama, indica-se a mamografia a
partir dos 35 anos. Já para as que tiveram parente direto (mãe) com a
doença, é preciso começar aos 30 e repeti-la a cada ano”, diz o
especialista do Copa D’Or.
Como a osteoporose é bastante comum em mulheres acima de 50 anos, o
exame de densitometria óssea precisa ser feito a partir dos 40. “A
freqüência da avaliação vai ser determinada pelos resultados de cada
exame”, diz o Dr. Edilson. Já as mulheres com histórico familiar de
infarto, angina, diabetes e hipertensão têm chances aumentadas de
desenvolver essas doenças e necessitam de avaliações anuais. “Deve ser
dada atenção especial nestes casos se a mulher for fumante”, completa.
Em cada fase, cuidados específicos
Nunca é tarde para transformar o check-up em um cuidado de saúde.
Porém, quanto mais cedo ele for feito, maiores são as chances de
mantê-la em dia. Veja os exames pedidos pelos médicos em cada faixa de
idade:
Da primeira menstruação até os 30 anos
Mesmo que não tenha iniciado a vida sexual, mas já tenha menstruado, a mulher pertencente a essa faixa etária precisa ir ao ginecologista todo ano para fazer alguns exames de rotina. São eles: Exame das mamas – para a detecção de nódulos mamários e prevenção do câncer de mama. Papanicolau e exame pélvico – indicados para a prevenção do câncer do colo de útero. Exames de sangue – para avaliação clínica dos níveis de glicose, colesterol e triglicerídeos, função renal e hormônios tireoideanos. Verificam doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e da tireóide. Periodicidade: anual
Mesmo que não tenha iniciado a vida sexual, mas já tenha menstruado, a mulher pertencente a essa faixa etária precisa ir ao ginecologista todo ano para fazer alguns exames de rotina. São eles: Exame das mamas – para a detecção de nódulos mamários e prevenção do câncer de mama. Papanicolau e exame pélvico – indicados para a prevenção do câncer do colo de útero. Exames de sangue – para avaliação clínica dos níveis de glicose, colesterol e triglicerídeos, função renal e hormônios tireoideanos. Verificam doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e da tireóide. Periodicidade: anual
A partir dos 30 anos
Nessa fase, além de manter o check-up regular, a mulher deve ter cuidado especial com o sistema reprodutivo, pois aumentam as incidências de câncer de mama e de colo do útero. São repetidos os exames feitos na faixa dos 20 anos, mas novos testes são adicionados: Mamografia – indicado após os 35 anos. Quem tem histórico familiar de câncer de mama deve começar aos 30. Radiografia de tórax – indicada para pacientes fumantes. Periodicidade: anual
Nessa fase, além de manter o check-up regular, a mulher deve ter cuidado especial com o sistema reprodutivo, pois aumentam as incidências de câncer de mama e de colo do útero. São repetidos os exames feitos na faixa dos 20 anos, mas novos testes são adicionados: Mamografia – indicado após os 35 anos. Quem tem histórico familiar de câncer de mama deve começar aos 30. Radiografia de tórax – indicada para pacientes fumantes. Periodicidade: anual
A partir dos 40 anos
Começa a preocupação com a menopausa e com a osteoporose. Além dos exames indicados para os 20 e 30 anos, é preciso fazer: Densitometria óssea – detecta a osteoporose. Precisa ser repetido anualmente se já houver algum grau de perda de massa óssea e a cada dois anos para aquelas com exame normal. Testes de perfil hormonal – são indicados para mulheres que estão iniciando o climatério, irregularidade menstrual que antecede à menopausa. Ecografia pélvica e transvaginal – avaliam os ovários e verificam a presença de cistos, endometriose, pólipos ou miomas. Exame proctológico – nesta faixa de idade também se observa uma maior incidência de câncer de intestino, daí a necessidade de realização do exame, especialmente em quem tem histórico familiar da doença. Periodicidade: anual (pode ser reduzida de acordo com os resultados ou sob orientação médica)
Começa a preocupação com a menopausa e com a osteoporose. Além dos exames indicados para os 20 e 30 anos, é preciso fazer: Densitometria óssea – detecta a osteoporose. Precisa ser repetido anualmente se já houver algum grau de perda de massa óssea e a cada dois anos para aquelas com exame normal. Testes de perfil hormonal – são indicados para mulheres que estão iniciando o climatério, irregularidade menstrual que antecede à menopausa. Ecografia pélvica e transvaginal – avaliam os ovários e verificam a presença de cistos, endometriose, pólipos ou miomas. Exame proctológico – nesta faixa de idade também se observa uma maior incidência de câncer de intestino, daí a necessidade de realização do exame, especialmente em quem tem histórico familiar da doença. Periodicidade: anual (pode ser reduzida de acordo com os resultados ou sob orientação médica)
A partir dos 50 anos
Os cuidados precisam ser redobrados nessa faixa de idade. Além dos exames anteriormente citados, é preciso checar a presença de diabetes, hipertensão arterial e osteoporose, muito comuns a partir dos 50. O controle do peso passa a ser uma questão médica, para evitar complicações. Como prevenção, é preciso fazer: Exames de sangue – verificam o colesterol completo e a glicemia para detectar o surgimento do diabetes (duas vezes por ano). Exame de fundo de olho – avalia o grau de comprometimento das artérias e lesões provocadas pelo diabetes e pela hipertensão arterial. Densitometria óssea – nessa faixa de idade, é bom procurar um reumatologista para fazer o acompanhamento da osteoporose. O exame precisa ser feito com mais freqüência. Periodicidade: semestral ou anual (dependendo dos resultados e do estado de saúde)
Os cuidados precisam ser redobrados nessa faixa de idade. Além dos exames anteriormente citados, é preciso checar a presença de diabetes, hipertensão arterial e osteoporose, muito comuns a partir dos 50. O controle do peso passa a ser uma questão médica, para evitar complicações. Como prevenção, é preciso fazer: Exames de sangue – verificam o colesterol completo e a glicemia para detectar o surgimento do diabetes (duas vezes por ano). Exame de fundo de olho – avalia o grau de comprometimento das artérias e lesões provocadas pelo diabetes e pela hipertensão arterial. Densitometria óssea – nessa faixa de idade, é bom procurar um reumatologista para fazer o acompanhamento da osteoporose. O exame precisa ser feito com mais freqüência. Periodicidade: semestral ou anual (dependendo dos resultados e do estado de saúde)
Fontes: Edilson da Costa Ogeda, ginecologista do Hospital
Samaritano (São Paulo); Joel Garcez, ginecologista do Hospital Santa
Cruz (Curitiba) e Marcelo London, clínico geral e chefe do Setor de
Emergência do Hospital Copa D’Or, (Rio de Janeiro).