O prazo para envio da declaração do Imposto de Renda em 2019 começou no dia 07 de março e vai até 30 de abril. Mais de 3 milhões de contribuintes já enviaram suas informações para a Receita Federal e a expectativa é que este número chegue a 30,5 milhões até o último dia do prazo.
Quem já está acostumado com este processo, provavelmente não deve encontrar nenhuma dificuldade. Porém, quem vai declarar seus rendimentos pela primeira vez pode achar confuso e ter algumas dúvidas.
A boa notícia é que não é preciso ter preocupação, quem deve declarar o Imposto de Renda pode realizar esse processo seguindo 3 passos bem simples:
1° passo: reúna todos os documentos necessários
A declaração do Imposto de Renda é a forma de você comprovar que está pagando todos os tributos devidos. Dessa forma, é preciso que você apresente os documentos que provam os seus rendimentos, bens e despesas que teve ao longo do ano.
Para começar, você deve reunir os documentos que servem para comprovar seus rendimentos. Os informes de rendimento são os documentos responsáveis por destacar o que você ganhou e o que deve ser declarado.
Você pode contar com 3 tipos de informes de rendimento:
Informe de rendimento enviado por instituições bancárias: esse documento serve para que você entenda como foi a sua movimentação bancária ao longo do ano. O banco em que você possui conta é obrigado a te mandar este documento, que deve apresentar o saldo da sua conta no último dia do ano e os rendimentos da conta poupança, por exemplo.
Informe de rendimento enviado pelas fontes empregadoras: se você é um profissional assalariado, a instituição que você é contratado é obrigada a disponibilizar um documento com as informações do quanto você recebeu ao longo do ano. Além disso, neste informe também aparece o valor que foi retido na fonte.
Informe de rendimento enviado pelas corretoras de valores: se você possui ou realizou alguma aplicação financeira ao longo de 2018, a instituição que você fez esta operação deve enviar um documento com as informações dessa transação. Além de valores e rendimentos, este documento também apresenta a quantia que foi retida na fonte caso tenha ocorrido o resgate.
Além desses informes de rendimentos, você também precisa providenciar os documentos que comprovam a posse dos bens em seu nome.
Após reunir os comprovantes dos seus rendimentos, é preciso reunir também os recibos das despesas que você vai declarar. As despesas são utilizadas para deduzir o valor do tributo e estes comprovantes servem para certificar que são gastos válidos.
Para isso, você deve juntar os comprovantes dos gastos com saúde, educação e pensão alimentícia. Afinal, essas são as 3 categorias mais tradicionais de despesas que podem ser deduzidas no Imposto de Renda.
2º Passo: instale o programa gerador da declaração e preencha suas informações
Depois de reunir os comprovantes e documentos que você vai precisar, o próximo passo de como declarar o Imposto de Renda 2019 é instalar o aplicativo ou programa que serve como ferramenta para que você complete com suas informações.
Como todo o processo é feito digitalmente, não há outro caminho. Por isso, vá até o site da Receita e escolha a opção que mais te agrada: programa para computadores ou aplicativo para dispositivos móveis.
Depois de fazer o download, será preciso abrir o sistema, preencher seus dados iniciais e começar uma nova declaração.
Os primeiros campos que você deve preencher dizem respeito aos seus dados pessoais. O programa da Receita apresenta um menu que deve ser preenchido de acordo com a ordem estabelecida. Neste momento não tem nenhum mistério, você deve preencher os dados e ir avançando pelo sistema.
É importante destacar que, à medida em que você vai preenchendo os campos indicados, vão aparecendo opções que são ou não pertinentes para sua declaração. O programa da Receita Federal indica se no seu caso é preciso realizar uma declaração completa ou uma simplificada.
3º Passo: envie sua declaração do Imposto de Renda e corrija se houver necessidade
Depois que você terminar de preencher todos os campos, é sempre bom conferir se todas as informações apresentadas estão corretas e de acordo com os comprovantes. Feito isso, você deve enviar sua declaração para a Receita Federal.
Na hora que você enviar a declaração, receberá um comprovante utilizado para documentar que você realizou este processo e está em dia com a Receita.
Documento de comprovação do envio: esse documento serve para comprovar que você realizou a declaração.
DARF: se após o preenchimento de todos os dados, for comprovado que você deve pagar algo para a Receita, será emitido o DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), com o valor e as condições para você realizar o pagamento.
Falamos em condições porque, dependendo do valor, você pode escolher se vai ou não parcelar o pagamento desse tributo.
Além disso, é neste momento que você informa seus dados bancários. Esta informação será usada caso seja constatado que você deve receber alguma quantia de restituição do Imposto de Renda.
A restituição do Imposto de Renda
Já que falamos da restituição, é importante deixar alguns pontos bem claros. Antes de tudo, você fica sabendo se deve pagar mais ou se irá receber reembolso pelos impostos pagos, rapidamente, após enviar a declaração.
Porém, diferentemente do pagamento do DARF que acontece logo após o envio e verificação de que é preciso pagar mais impostos, a Receita só libera a restituição no segundo semestre do ano.
Esse pagamento é realizado segundo um cronograma dividido em lotes. O primeiro lote é destinado aos contribuintes classificados no grupo de prioridades, como os idosos por exemplo.
Já os outros contribuintes, são enquadrados no lote de restituição à medida que mandam a declaração do Imposto de Renda. Portanto, quanto mais cedo você envia a declaração, mais cedo pode receber a restituição.
Veja o calendário de pagamento da restituição do Imposto de Renda 2019:
1º lote: 17 de junho
2º lote: 15 de julho
3º lote: 15 de agosto
4º lote: 16 de setembro
5º lote: 15 de outubro
6º lote: 18 de novembro
7º lote: 16 de dezembro
Fonte: Jornal contábil