Mulher e enxaqueca: uma relação que merece atenção
- No Dia da Mulher, médico alerta sobre incidência da doença em mulheres, que impacta 2 vezes mais o sexo feminino
- Enxaqueca é considerada uma das doenças mais prevalentes e incapacitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde
- Nova terapia, que chega ao primeiro semestre no Brasil, previne o início e a ocorrência das crises
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, marca uma série de fatos, lutas políticas e sociais das mulheres. Porém, a data também enfatiza a necessidade da atenção ao cuidado com a saúde. E, em se tratando de saúde da mulher, é inevitável não mencionar o alerta em relação à enxaqueca – doença que atinge mais mulheres do que homens1.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 1, a enxaqueca (ou migrânea) tem uma proporção 2:1, ou seja, a doença atinge a cada duas mulheres x um homem. A doença neurológica atinge 15 a cada 100 brasileiros, o que equivale a 30 milhões de pessoas no país4,5. No mundo, é a terceira doença mais prevalente2 e ocorre no auge da idade produtiva, entre os 35 e 45 anos, impactando em incapacidade temporária durante as crises3.
A maior incidência pode estar associada à hereditariedade, bem como ter relação com as variações hormonais que as mulheres enfrentam ao longo da vida. "Um dos principais gatilhos da enxaqueca refere-se à queda dos níveis de estrógeno durante a menstruação ou menopausa, o que faz com que as dores ocorram com maior frequência. Há diversos outros aspectos que influenciam, tais como predisposição genética para a enxaqueca, hipersensibilidade cerebral e estresse", afirma Dr. Mario Peres, médico neurologista da Sociedade Brasileira de Cefaleia.
"A efeméride traz à luz questões importantes como o julgamento da doença. A mulher já é julgada socialmente e a mulher com enxaqueca acaba sendo julgada duplamente. Isso porque muitas pessoas não compreendem a doença, por vezes, considerada incapacitante. Trata-se de uma doença invisível, mas com impacto devastador", explica Mário Peres, médico neurologista da Sociedade Brasileira de Cefaleia.
A OMS ainda lembra que a enxaqueca é a sexta doença mais incapacitante no mundo e pode gerar impactos diretos na vida pessoal e profissional1. Estima-se que os custos diretos e indiretos da enxaqueca, incluindo a perda de produtividade, chegam a 27 bilhões de euros na Europa6,7 e 20 bilhões de dólares nos Estados Unidos por ano8,9.
Inovação no tratamento
A boa notícia é que com os avanços da medicina, tratamentos cada vez mais específicos estão sendo lançados. É o caso da enxaqueca, que contará com o lançamento da molécula erenumabe, tratamento biológico capaz de bloquear diretamente o ciclo da doença com ação profilática, ou seja, reduzir ou evitar o início e a ocorrência das crises10. O novo tratamento, já aprovado em 2018 nos Estados Unidos (FDA) e na Europa (EMA), deve chegar ao Brasil ainda no primeiro semestre.
"Um dos principais diferenciais da medicação é que ela praticamente não oferece efeitos colaterais. O fármaco, aplicado via injeção subcutânea, é um anticorpo monoclonal sintetizado em laboratório. Os anticorpos acabam sendo direcionados para o bloqueio da CGRP, molécula do Sistema Nervoso relacionada à enxaqueca; quando a nova molécula se associa à CGRP há diminuição das crises", explica o Dr. Mario Peres.
Informação e interatividade
Com o propósito de contribuir com os pacientes, a Novartis desenvolveu o site www.maisumdiasemenxaqueca.com.brcom informações sobre enxaqueca, passando pela descrição da doença, diagnóstico e tratamento, dicas de qualidade de vida e notícias sobre o tema. O canal também possui uma fanpage no Facebook a /maisumdiasemenxaqueca.
No site, o usuário pode participar do quiz "Dor de cabeça ou enxaqueca – entenda a diferença" e entender mais sobre o diagnóstico da enxaqueca, a relação entre produtividade e gatilhos como a hereditariedade, alimentação e estilo de vida. Além do portal, a empresa também oferece o aplicativo Migraine Buddy, um diário digital da doença para o paciente registrar suas crises, sintomas associados, entre outras funcionalidades. O app está disponível para dispositivos da Apple e Android.
Sobre a Novartis
A Novartis está reinventando a medicina para melhorar e prolongar a vida das pessoas. Como líder global em medicamentos, utilizamos inovações científicas e tecnologias digitais para criar tratamentos transformadores em áreas de grande necessidade médica. Com foco na descoberta de novos medicamentos, estamos entre as principais empresas do mundo que investem consistentemente em pesquisa e desenvolvimento. Os produtos da Novartis alcançam mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo e estamos encontrando maneiras inovadoras de expandir o acesso aos nossos tratamentos mais recentes. Cerca de 130 mil pessoas de quase 150 nacionalidades trabalham na Novartis em todo o mundo. Saiba mais em: www.novartis.com.
Referências:
1) Stovner LJ, Andrée C; Eurolight Steering Committee. Impact of headache in Europe: a review for the Eurolight project. J Headache Pain. 2008 Jun;9(3):139-46. ORGANIZATION, W. H. Headache Disorders. 2016. Disponível em: . Acesso em: February 2019.
2) Migraine Research Foundation. Migraine Fact Sheet. 2015. http://www.migraineresearchfoundation.org/fact-sheet.html. Acessado em janeiro de 2018.
3) Novartis announces Phase III study shows AMG 334 significantly reduces monthly migraine data in people with episodic migraine. http://www.novartis.com/news/media-releases/novartis-announces-phase-iii-study-shows-amg-334-significantly-reduces-monthly. Acessado em janeiro de 2018.].
4) QUEIROZ, L. P. et al. A nationwide population-based study of migraine in Brazil. Cephalalgia, v. 29, n. 6, p. 642-9, Jun 2009.
5) ESTATÍSTICA, I.-I. B. D. G. E. Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. 2009. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/>. Acesso em: 7 de fevereiro.
6) Jenkins CJ, et al. Chest 2017;151(3):686–96;
7) Stovner LJ, Andrée C; Eurolight Steering Committee. Impact of headache in Europe: a review for the Eurolight project. J Headache Pain. 2008 Jun;9(3):139-46.
8) Hawkins K, Wang S, Rupnow MF. Indirect cost burden of migraine in the United States. J Occup Environ Med. 2007;49(4):368-374.
9) Hawkins K, Wang S, Rupnow MF. Direct cost burden among insured US employees with migraine. Headache. 2007;48(4):553-563.
10) Reuter, U et al. Efficacy and safety of erenumab in episodic migraine patients with 2-4 prior preventive treatment failures: Results from the Phase 3b LIBERTY study. Emerging science abstract presented at AAN, 24 April 2018, Los Angelesú