Todo
mundo sabe da importância da camisinha, mas mesmo assim provavelmente
já cometeu um vacilo, pelo menos uma vez na vida, ao usar preservativo.
Veja se você faz -- ou já fez -- algum dos mais comuns e minimize
riscos:
1. Ignorar o prazo de validade
Muitas vezes, na
pressa, a validade vira um mero detalhe. Mas não deveria. A camisinha
corre mais risco de romper depois de vencida. E mesmo que não rasgue,
podem ocorrer microperfurações por ação do tempo. A data de validade
depende de cada marca, mas varia de três a cinco anos.
2. Não guardar direito
Guardar
camisinha na carteira é um erro, porque ela sofrerá atrito e compressão
e vai se deteriorar. O mesmo acontece se largar o preservativo jogado
na bolsa por meses ou no porta-luvas do carro. Também evite deixar a
embalagem exposta ao sol, calor e umidade. E nada de dobrar, torcer ou
amassar o pacotinho!
3. Usar só na hora de gozarMesmo que role aquela história de “só um pouquinho sem camisinha, vai”, é preciso saber que, mesmo em uma penetração curta, há chances de contrair e transmitir DST apenas pelo contato com a secreção genital. Gravidez também não está descartada, pois podem haver espermatozoides no líquido que sai do pênis antes da ejaculação.
4. Não colocar direito
Nem
toda camisinha é ideal para qualquer homem. É bom testar diferentes
marcas para perceber o tamanho mais adequado e até se causa ou não
alergia. Mas mesmo se você estiver acostumado com o modelo, pode
colocá-lo de maneira errada, o que aumenta a chance de rompimento do
látex. Se ainda tem dúvidas, fique atento:
- Abra a embalagem do preservativo somente na hora do uso;
- O pênis deve estar ereto, sem qualquer creme, pomada ou lubrificante;
- Segure o preservativo pela extremidade, retirando todo o ar da ponta;
- Desenrole o preservativo da ponta para a base do pênis (cuidado com unhas e anéis nesta hora!).
Errou
na hora de colocar? Jogue fora, pegue uma nova e comece de novo. A
camisinha que já foi colocada de maneira errada pode ser danificada
ainda mais se você insistir nela. E, às vezes, os danos não são
perceptíveis só ao bater o olho.
6. Não trocar a camisinha entre a penetração anal e vaginal
O
tesão e a pressa em continuar a transa podem ser grandes, mas é bom
saber que o ânus é um local muito contaminado por bactérias e, se não
houver troca de preservativo após o sexo anal e antes do vaginal, há
risco de a mulher desenvolver infecção urinária ou outra mais grave.
Quando
você usa lubrificantes à base de óleo ou vaselina aumenta o risco de
ruptura do preservativo. A camisinha já é ligeiramente lubrificada -- se
precisar de lubrificação extra, use produtos à base de água.
8. Não usar preservativo em relações estáveis
Muitas
pessoas ainda são infectadas pelo vírus HIV, causador da Aids, e pegam
doenças sexualmente transmissíveis do parceiro. Então, é sempre uma
questão delicada suspender a camisinha. Os especialistas recomendam que
isso só seja feito quando o casal se compromete a fazer exames regulares
para detectar DSTs.
Ao fim da
penetração, é preciso retirar o pênis de dentro do par e descartar o
preservativo, com o pênis ainda ereto. Se ele ficar flácido ainda quando
está penetrado, pode vazar secreção da camisinha, aumentando o risco de
DSTs ou gravidez.
10. Abrir o preservativo do jeito errado
Acidentes ao abrir a camisinha são supercomuns. Embora seja sexy tirá-la da embalagem com a unha, com o dente ou outro objeto cortante, isso aumenta o risco de danificá-la. A forma mais segura é: afastar o preservativo dentro da embalagem e depois abri-la com os dedos.
Fontes: Alessandro Scapinelli, ginecologista e obstetra. Alex Meller, urologista da Unifesp. Fernando Tardelli, urologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco. Luiz Carlos Gibertoni, urologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.