A falta de efetivo de delegados no interior do Estado, reclamada em algumas mobilizações recentes de delegados da Polícia Civil, foi um dos temas discutidos ontem de manhã em uma reunião promovida pela Procuradoria-Geral de Justiça, ligada ao Ministério Público de Sergipe (MPSE). O encontro teve a participação da delegada-geral de Polícia Civil, Katarina Feitoza, que representou a SSP, da procuradora de Justiça Ana Christina Souza Brandi (coordenadora-geral do MPSE), e dos promotores João Rodrigues Neto e Augusto César Lobão, responsáveis pelas áreas de segurança pública e controle externo da Polícia.
De acordo com o MPSE, “o objetivo do encontro foi debater o estabelecimento de estratégias de atuação institucionais do MPSE e da SSP, voltadas à busca de alternativas para minimização dos impactos decorrentes da ausência de delegados nas Delegacias do interior do Estado, e, consequentemente, da falta de repostas às requisições ministeriais, dentre outros assuntos relevantes”.
A delegada-geral apresentou um levantamento detalhado das ações que desenvolvidas pela SSP com o intuito de resolver as questões apresentadas, inclusive, com a implementação de sistemas informatizados, dentre outras. Durante a reunião ficou acordado o prazo de 30 dias para que a SSP informe ao Ministério Público o que está sendo realizado e qual o plano de atuação para solucionar os pontos tratados. Por sua parte, o órgão garantiu, em nota, que “se colocou, mais uma vez, à disposição para somar esforços, a fim de que sejam solucionados ou minimizados os problemas enfrentados pela SSP no combate à violência em nosso Estado”.
Em 12 de abril deste ano, os delegados da Polícia Civil entregaram 29 delegacias que eram acumuladas por titulares de outras cidades no interior, em protesto contra a sobrecarga de trabalho, a falta de efetivo de policiais e a falta de uma regulamentação legal clara sobre esta acumulação de delegacias. Outra paralisação aconteceu em maio, o que provocou uma série de reuniões entre a Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol), a cúpula da SSP e secretários da área econômica do Palácio de Despachos. A abertura de um concurso público para contratar outros delegados foi reivindicada, mas vem sendo evitada dentro do governo, por causa da crise financeira causada pela queda na arrecadação estadual. (com MPSE)
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