Transar faz bem. Se saúde é um completo bem-estar físico, mental e emocional, fazer sexo faz parte deste pacote, como têm provado pesquisas mundo afora na comunidade científica. Mas principalmente se você chegar ao orgasmo: no clímax, há liberação de uma grande quantidade de hormônios, que trazem benefícios ao corpo, à mente e, inclusive, para a relação com o parceiro. Abaixo, enumeramos as principais vantagens relatadas por especialistas no tema.
Mas calma, o orgasmo não é tudo! Na hora do sexo, o orgasmo não é (nem deve ser) o único objetivo da mulher. Como destaca a sexóloga Carmita Abdo, fundadora e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da USP, desde o início da última década pesquisas têm demonstrado que a proximidade física e a intimidade emocional com o parceiro são, muitas vezes, aquilo que a mulher quer na transa.
— Orgasmo não é, necessariamente, igual a satisfação para a mulher — pondera Carmita.
1. Aumenta a disposição…
Com o orgasmo, se dá a liberação da dopamina, substância ligada às áreas cerebrais de recompensa e motivação, que provoca uma sensação de prazer, conferindo energia extra à mulher.
2. … e emagrece!
Quem transa pratica atividade física. Durante o sexo, uma série de músculos do corpo é ativada e, dependendo das posições, é possível trabalhar uma boa parte da musculatura. A transpiração é um reflexo do gasto de energia e da queima de calorias. E quando é completa, ou seja, inclui preliminares e orgasmo, a transa pode corresponder à perda de até 400 calorias em uma hora _ apenas 50 a menos do que o que se gasta em meia hora de esteira.
Publicada no Public Library of Science, uma pesquisa acompanhou 20 casais com idades entre 18 e 35 anos, que fizeram sexo todos os dias durante uma semana. O resultado apontou que, em média, eles perderam 4,2 calorias por minuto. Coordenador do estudo, Antony Karelis, professor de ciência do exercício na Universidade de Quebec, classificou o sexo como um exercício que pode ser um aliado para os mais sedentários.
3. Reduz o estresse…
O orgasmo libera também a ocitocina, conhecida como “hormônio do amor”, responsável pelo relaxamento. Mulheres que chegam lá com mais frequência ficam menos estressadas. Isto porque a substância induz às contrações típicas do orgasmo. Ao final, a mulher acaba tendo uma sensação de relaxamento que, consequentemente, pode melhorar a qualidade do sono.
— Pesquisas provam que as mulheres que gozam com mais frequência sofrem menos com insônia — destaca a ginecologista e sexóloga Jaqueline Brendler, que integra a Associação Mundial de Saúde Sexual.
4. …e diminui as chances de ter um infarto!
Um estudo da Univeristy Queen Belfast, na Irlanda, apontou que pessoas que praticam sexo com regularidade correm menos riscos de sofrer um infarto. Já outra pesquisa faz um alerta, como destaca Jaqueline:
— Mostrou que mulheres que enfartaram estavam muito mais insatisfeitas sexualmente porque não tinham prazer nenhum na transa e/ou não chegam ao orgasmo.
5. Previne endometriose…
A atividade sexual seguida de orgasmo durante a menstruação pode diminuir as chances de a mulher desenvolver endometriose.
— É como se a atividade sexual pudesse ter uma espécie de efeito protetivo contra a doença — explica Jaqueline.
6. …e diminui dores!
A desculpa mais comum para se evitar uma transa é a tal dor de cabeça. Se a dor é a inimiga do prazer, o sexo pode ser um aliado contra a dor graças a outra substância: a endorfina, que tem efeito analgésico e calmante.
7. Melhora a autoestima…
Mulheres que praticam sexo saudável com frequência confiam mais no seu potencial. Pesquisas demonstram que aquelas que transam têm autoestima mais elevada se comparadas a mulheres que não transam. Segundo Carmita Abdo, fundadora e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da USP, a explicação é, novamente, a endorfina, responsável pela sensação de bem-estar, leveza e de conforto com o próprio corpo.
8. … e beneficia a relação com o parceiro!
A mulher que tem orgasmo com mais frequência pode estabelecer um vínculo afetivo mais harmonioso com o parceiro _ e conta para isso com a ajuda da ocitocina.
9. Ajuda na cicatrização…
Como destaca Carmita, a atividade sexual que inclui massagem, abraços e toques faz com que a mulher tenha uma melhor cicatrização das feridas da pele. E isso vai além de uma única transa, por exemplo. Pesquisas apontaram que, em geral, casais com estilo de vida mais carinhoso acabam desenvolvendo a capacidade de cicatrização de ferimentos na pele.
10. … e na musculatura da região!
A relação sexual regular é também uma atividade física para toda a musculatura da região pélvica feminina: tonifica os músicos da vagina e do períneo _ mais ainda para mulheres no climatério. É uma forma de prevenir o prolapso genital, conhecido popularmente como “bexiga caída”.
Fonte: http://revistadonna.clicrbs.com.br