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Do VivaBem, em São Paulo
Se você é daqueles que deita na cama, apagas as luzes, tenta cair no sono mas não consegue dormir por nada, você não está sozinho. A insônia é um transtorno comum e é considerada uma questão psicológica, até porque a terapia deve ser o primeiro tratamento procurado –-e não os remédios.
A revista científica Behavior Research and Therapy desvendou mais um mistério para tentar ajudar a vida de quem, mesmo cansado, não consegue pregar o olho. Acontece que o problema está na sua cabeça e só de se identificar como um insone você aumenta os sintomas de insônia.
Doido, não? É como se fosse uma auto influência, sabendo que tem insônia, você não se permite virar a Bela Adormecida. De alguma forma, quem controla o mal-estar e cansaço causados pelas poucas horas dormidas é você mesmo.
O raciocínio é o seguinte: quanto menos satisfeito você estiver com o seu sono, pior você vai se sentir quando acordar. Se você dormir quatro horinhas, mas não se preocupar com isso, é menos provável que você passe o dia seguinte morrendo de cansaço, fadiga e falta de ânimo. Quanto mais você se angustiar, ficar desesperado virando de um lado para o outro e batendo a cabeça no travesseiro, pior será sua próxima manhã.
O estresse da situação dificulta ainda mais o sono e te deixa mais sensível aos sintomas. Além disso, ter essa identidade de insone está ligado a efeitos negativos como hipertensão, depressão e ansiedade, de acordo com a pesquisa.
A dica é tirar a palavra insônia do vocabulário. Os cientistas responsáveis pelo estudo esperam que as terapias destinadas as melhoras do sono abordem primeiro o auto estigma, ajudando os pacientes a se desapegarem do rótulo e da convicção de que são insones, para poder manter a mente aberta durante o tratamento. Eles podem se sentir melhor mesmo que não durmam muito mais.