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Para Messias Cardoso, a dependência das redes sociais é semelhante às demais, como cafeína, chocolate e substâncias ilícitas.
Ao mesmo tempo em que fortalece vínculos, a internet e as redes sociais têm prejudicado relacionamentos, com o “abuso” dessas novas ferramentas. A explicação é do psiquiatra Messias Cardoso, alertando que esse excesso, em alguns casos, é caracterizado como transtorno psicológico. “É como uma dependência, com sinais de tolerância, onde se tem que aumentar o tempo de uso para ter o mesmo prazer de antes, e síndrome de abstinência, quando afastado do uso, causando sintomas ansiosos, raiva e tensão”, explica.
O psiquiatra diz que essa dependência é semelhante às demais, como cafeína, chocolate e substâncias ilícitas. “Pode ocorrer no uso específico da internet para áreas como a de jogos, trabalho, pornografia e mídias sociais”, revela, alertando para as consequências dessa dependência. Nos relacionamentos conjugais, essa necessidade de estar sempre conectado tem gerado muitas discussões. “A situação leva à vigilância extrema sobre seu companheiro, crises de ciúme ou até mesmo casos mais graves de agressões”, destaca.
Segundo Messias Cardoso, os prejuízos causados por essa dependência também atingem os adolescentes. “Estão se retraindo em jogos e nas mídias sociais, afastando-se do mundo externo, com faltas e abandonos escolares constantes, gerando reprovações, retraimento social e desenvolvendo quadros psiquiátricos, como depressão e transtornos ansiosos”, ressalta.
Nessas situações, em que há excesso e a própria pessoa ou os amigos e familiares notarem a dependência extrema, o aconselhável é uma abordagem psicoterápica, visando o controle desse uso. “Por se tratar de um transtorno na área dos impulsos, existe abordagem farmacológica para auxiliar no tratamento”, completa Messias Cardoso.
Fonte: http://jmonline.com.br/
