segunda-feira, 1 de abril de 2019

Ele disse que chegou pra resolver Três meses do "novo" governo de Belivaldo Chagas ainda não fez o dever de casa




O governo do galeguinho Belivaldo Chagas (PSD) completou três meses no domingo (31), e ainda não existe nenhum motivo concreto para comemorar nada ou alguma ação que possa vislumbrar algo positivo no futuro. Pelo contrário. Até aqui, Belivaldo Chagas não fez o dever do casa e não vem resolvendo nada, como exige o cenário caótico das contas públicas e dos setores vitais reclamados pelos sergipanos.

A velha e nova administração repete os erros de um passado recente e de muitos gestões anteriores: é apático com a obrigação de tomar decisões duras, preocupada com a popularidade.

O Governador Belivaldo Chagas assumiu um Estado de Sergipe e disse que tinha chegado pra resolver, e resolveu comunicar ao povo sergipano que o estado está quebrado. Ela já sabia disso a muito tempo, é fato. Também sabia que era preciso adotar medidas duras, antipopulares e exonerar cargos de comissionados de muitos políticos que estão sem mandatos e que não contribuem nada para o estado, para enfrentar o desafio de reequilibrar as finanças públicas. Essas medidas passam por algumas decisões que deveriam ser tomadas logo no inicio do novo governo, revisão do quadro de pessoal, reforma do sistema previdenciário estadual; dentre outras providências amargas.

O Governador tem se esquivado até aqui. As medidas encaminhadas à Assembleia Legislativa, com uma ou outra exceção, sugerem a “economia de bodega” diante de um “rombo” financeiro muito alto, segundo dados do próprio Governo. O que mais chama atenção é que Belivaldo Chagas repete à exaustão o discurso de que o Governo Federal tem de socorrer o Estado quebrado, como de fato tem, mas se recusa a fazer a sua parte para receber a ajuda de Brasília (DF).

Uma postura tão frouxa quanto nociva diante do quadro assustador. O Governo continua acumulando um déficit de milhões por mês com a Previdência; arrasta-se sem solução para uma dívida altíssima com salários atrasados e mantém a máquina ocupada, de alto custo, para atender políticos, correligionários e a base de apoio na Assembleia Legislativa, repetindo os seus antecessores.

Isso significa dizer, como resultado de uma matemática simples, que o primeiro ano do governo do novo governo  aumentará ainda mais o “rombo” nas contas públicas. Isso só com a previdência estadual. A conta é simples: multiplique o déficit mensal, por 12 meses, que você chega a um montante altíssimo, onde se revela o desequilíbrio das contas públicas.

O fato é que o governador fez opção pelo discurso – cômodo – populista e do sindicalismo inconsequente, em detrimento do Estado como um todo. De positivo, apenas o apoio de classes que acreditavam que o galeguinho iria resolver alguma coisa. Ele distribuiu cargos e neutralizou o movimento de servidores públicos, tanto que, mesmo sem ter qualquer previsão de atualizar os salários, quitar quatro folhas atrasadas, o Governo não sofre pressão das entidades sindicais.

Mas, isso é muito pouco, ou nada, diante do tamanho da crise que vive o Estado de Sergipe. Daqui a pouco acaba a lua de mel, e a população Sergipe vai cobrar nas ruas, sem convocar as entidades sindicais, que até pouco tempo perturbavam a vida de ex-governadores.