segunda-feira, 19 de março de 2018

O SERGIPANO É RUIM DE BOLA? AS MIGALHAS DO PATROCÍNIO DA CAIXA SERVE PRA QUE?


O Sergipano é ruim de bola? Essa é uma pergunta capaz de confundir meus neurônios. Há muitos anos quando da primeira partida de futebol realizada em terras Serigy, até os dias de hoje, não conquistamos nenhum título nacional. Em nenhuma  Série do Campeonato Brasileiro, principalmente na série, criada há poucos anos e considerada o mais baixo nível de qualidade dentre todas as divisões do futebol brasileiro.

Tive a curiosidade de pesquisar nesses sites de estatísticas espalhados na internet para tentar responder àquela pergunta que ainda me martela a cabeça. Analisei todos os campeões das quatro séries atuais, também do antigo formato do Brasileiro, disputado desde 1959. Recorri até à Copa do Brasil. O Estado de Sergipe nao possui nenhum título. No Nordeste, estamos atrás de Alagoas e perdemos ainda para o Rio Grande do Norte(um título da C). Mas não é só.

Desde quando me entendo por gente, nivelamos nosso futebol ao da Bahia e de Pernambuco. Confesso, com tristeza, que não dá para comparar. Os baianos já conquistaram três campeonatos brasileiros (dois no formato antigo e um do mais recente: todos títulos da elite). E os pernambucanos? São cinco conquistas entre séries A, B e Copa do Brasil.

Se os nossos clubes não nos deram muitas alegrias, a não ser no nosso provinciano e deficitário economicamente campeonato Sergipano, pelo menos, do nosso pebol brotaram muitos craques. Seria injusto até começar uma relação aqui e deixar alguém de fora. Mas isso também é insuficiente, apesar de ser a única coisa que nos resta.

Pense rápido e me responda o nome de um jogador Sergipano campeão do mundo em um dos cinco títulos da Seleção Brasileira em 58/ 62/ 70/ 94 e 02? Procure pelo menos entre os reservas. O tempo está passando e você ainda não encontrou, não é verdade? É porque não tem. Se eu não estiver enganado (e, por favor, corrijam-me caso eu esteja) nenhum sergipano teve a honra e a glória de levantar a Jules Rimet ou a Taça Fifa envergando a camisa canarinho.

Para a Copa de 2018, na Rússia, a perspectiva é a mesma. 

Longe de minhas pretensões achar os motivos do nosso complexo de vira-lata no futebol. Uma autoestima tão baixa que prejudica tanto os jogadores formados na base quanto os profissionais de fora que aqui vem jogar; mal que infecta o pensamento dos nossos dirigentes; e, às vezes, afeta até o otimismo do torcedor mais fiel na capacidade de acreditar no seu time.

O Sergipano não é ruim de bola. Como também pode ser melhorada a estrutura para se criar uma base forte de bons times e torná-los representativos nacionalmente. Os dirigentes daqui têm as mesmas falhas ou até menos dos demais gestores de futebol brasileiros. A torcida está entre as mais apaixonadas em todo território verde e amarelo. O que precisamos é superar o medo, essa síndrome de décadas a fio de se contentar em não ganhar. Só isso.

As migalhas dos patrocínios da Caixa Econômica Federal, não tem contribuído para o crescimento, só está servindo para promoção de políticos sem compromissos efetivos com o esporte local. Até quando?